quinta-feira, 29 de março de 2007

Um olhar sobre a Animação Sociocultural

A animação sociocultural é um fenómeno social que engloba um amplo leque de actividades, muito diversas entre si e dificilmente classificáveis. Após termos lido alguns artigos sobre esta temática, consideramos que este conceito é vago e impreciso não sendo por isso fácil encontrar uma definição concreta e objectiva. Face a isto, decidimos utilizar a deinição dada pela UNESCO que a considera "um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integradas".
A Animação Sociocultural dispõe de medologias participativas e activas para promover a amplicação responsável e livre dos indivíduos na comunidade onde se inserem. tornando-as protagonistas do seu próprio desenvolvimento.
Normalmente, ligamos esta animação ao aspecto não formal, o que a torna algo redutora pois os seus programas acontecem em contextos não formais (por exemplo, centros de educação de tempos livres), informais (como espaços urbanos abertos) e, formais (como a escola).
Não se esqueçam: Façam da Animaçao a vossa Educação!




quinta-feira, 22 de março de 2007

Lançamento da revista "Práticas de Animação"



Caros colegas,





Hoje, enquanto estavamos na aula a pesquisar informação relacionada com a Animação, encontramos uma notícia que achamos importante partilhar convosco. Trata-se de o lançamento de uma revista intitulada "Práticas de Animação" promovida pela Delegação Regional da Madeira da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sócio-Cultural (APDASC). Como sabem, não seremos propriamente animadores mas a vertente da animação poderá integrar muitos dos futuros projectos que poderemos realizar enquanto futuros Licenciados em Educação.
De acordo com o site que visitamos (www.apdasc.com) este projecto visa a criação de uma revista no âmbito da Animação, Educação Social e da Pedagogia, assumindo-se como um instrumento de comunicação entre Animadores, trabalhadores sociais, pedagogos e outros profissionais que desenvolvem a sua actividade no âmbito da intervenção sociocultural e educativa. É objectivo desta revista compilar artigos de opinião, estudos, divulgação de projectos, actividades e resenhas bibliográficas, para assim poder divulgar a Animação Sociocultural através das suas diversas práticas educativas e culturais, possibilitando que Animadores e outros profissionais possam contribuir para a afirmação de novos projectos associativos no âmbito das práticas de Animação Sociocultural e estimulá-los para a participação activa num projecto colectivo.
O apelo lançado neste site é que todos podemos e devemos participar nesta revista partilhando a nossa acção e pensamento em torno deste conceito e finalidades que ainda são tão desconhecidos e/ou esquecidos na nossa sociedade.
Uma vez que este projecto ainda está em fase inicial podem dirigir-se ao mesmo endereço que assinalamos anteriormente afim de obter mais informações.

Educação: entre o formal, o não-formal e o informal!


Para quem pensa que a Educação se confina apenas à escola desengane-se! Hoje vamo-vos mostrar que não nos educamos exclusivamente nos estabelecimentos de ensino mas também , por exemplo, em conversa com os amigos!
Sabemos que a Educação é fundamental para que o indivíduo possa aceder a um conjunto de bens e serviços disponíveis na sociedade, tornando-se assim, um direito para todo o cidadão e necessária para que este usufrua de outros direitos. Por isso, o direito á educação é reconhecido e consagrado na legislação de praticamente todos os países e, particularmente, pela Convenção dos direitos da Infância das Nações Unidas.
Reparamos que, no entanto, muitas vezes, a Educação é reconhecida apenas como um direito universal para as crianças. Nós, enquanto alunos da Licenciatura em Educação percebemos que esta realidade está um pouco “desfocada”. Para além da escola não englobar apenas a vertente formal da educação, a aprendizagem e a aquisição do conhecimento não é estanque e não ocorre apenas na infância. Deste modo, todos nós, ao longo da vida, vamos adquirindo conhecimento ao acrescentar outro e ao aperfeiçoar o que já possuímos. A título de exemplo mostramos o contributo de outro autor, Combs & Ahmed, 1973 apud Palhares, 2004, que define os conceitos de Educação Formal (que se refere a um sistema educativo altamente institucionalizado, gradual e estruturado hierarquicamente alargando-se desde a Escola Primária até ao fim da Universidade), Não-Formal (caracterizada pela actividade organizada, sistemática, educativa realizada fora do marco do sistema oficial, para facilitar determinadas classes de aprendizagem a sub-grupos particulares da população, tanto adultos como crianças) e, a Informal (entende-se como um processo que dura toda a vida e no qual as pessoas obtêm e reúnem conhecimentos, habilidades, atitudes e modos de compreensão através das suas experiências diárias e da sua relação com o meio ambiente).
Face a isto, só nos apetece dizer: estudar é importante mas não se esqueçam que uma conversa ou experiência podem ser muito mais enriquecedoras!
E não se esqueçam! Façam da animação a vossa educacação!
PALHARES, José Augusto (2004). Jovens, experiência social e escutismo. Contributo para uma Sociologia da Educação Não - Escolar. Universidade do Minho/ Instituto de Educação e Psicologia, [Tese de Doutoramento em Educação, área de conhecimento Sociologia da Educação].

quinta-feira, 15 de março de 2007

As primeiras ideias sobre Animação

O desenvolvimento e a aparição da Animação Sociocultural (A. S. C.), em alguns países europeus, especialmente em França, teve a sua origem numa forma de intervenção social, daí ser, por vezes, confundida com outras formas de educação como a educação popular, educação de adultos, educação permanente, educação para o tempo livre, educação extra-escolar, pedagogia do ócio, entre outras.
A sociedade verifica um elevado crescimento e mutação. Há uma maior automatização e, consequentemente, muitos trabalhadores são dispensados das suas funções. Ao mesmo tempo verifica-se um enorme anonimato nas grandes cidades onde os cidadãos se "perdem" entre o elevado tráfego e o betão armado. Num ambiente pouco estimulante como este, não é de estranhar que os laços sociais e os encontros interpessoais não existam ou sejam escassos. Deste modo, a A. S. C. poderá ser, em ambos os casos, como uma medicina preventiva que intervirá in locus.
Em toda esta situação, as indústrias culturais podem apresentar-se como uma solução para esta possível prisão psiquica do cidadão, no entanto, se olharmos bem, estas apenas produzem a homogeneização da sociedade e a destruição das culturas minoritárias criando, ao mesmo tempo, ilusões de saber, não estimulando a reflexão crítica. Fecham aasim, a consiência do cidadão pois apenas garante a satisfação espontânea das necessidades. A A.S.C. poderá ser então, uma forma de luta contra a passividade e a homogeneização produzida pelas indústrias culturais e o conformismo que estas promovem. Deste modo, a A.S.C. procura satisfazer necessidades culturais à margem da indústria cultural.
A A.S.C procura superar o que de bancário e de "cultura de silêncio" tem a educação europeia. Pretende dispôr de uma educação não formal, dinamizadora da vida cultural, social e cívica através da participação de todos os intervenientes.
O ser humano vai-se fazendo ao longo da vida, para tal, A.S.C tem um papel muito importante pois, faz despertar e crescer, em cada um de nós, as sementes da qualidade de vida. Através da animação, cada um de nós pode encontrar-se no mais profundo de si mesmo e comportar-se de acordo com isso. o que caracteriza a animação é um modo de fazer, de gerar vida nova, sentido de esperança, através da participação consciente, plena e activa.
Para terminar e, ao mesmo tempo para reforçar a importância que tem a A.S.C, gostariamos de referir que se trata também de uma tentativa para solucionar um problema grave que afecta todos os países: a existência de um desfazamento cultural entre as classes.A A.S.C procura tornar as pessoas conscientes do problema.
Retirado de: Ander-Egg Ezequiel(2000) Metodología Y práctica de la Animación Sociocultural. Madrid:Editorial CCS

O primeiro "Olá" educativo!

Olá a todos!


Sejam bem-vindos ao nosso humilde blog Animação on Tour!
Este surge na sequência da Unidade Curricular Animação Socioeducativa e Intervenção Comunitária do 3º ano da Licenciatura em Educação da Universidade do Minho! Este blog é da responsabilidade de quatro elementos: Cristina Alves, Dina Correia, Sara Fernandes e Telma Costa. Sim, nós mesmas! Seremos nós as responsaveis pela animação deste espaço que pretende ser, no mínimo, educativo! Como ninguém se educa sózinho, partilha connosco as tuas ideias, pensamentos, conhecimentos, medos, experiências... E se és Licenciado em Educação partilha a tua experiência profissional e mesmo pessoal aqui no nosso blog.
Através da Animação e da Educação, cada um de nós, pode encontrar-se com o mais profundo de si mesmo e comportar-se de acordo com isso. Contribui para que isto seja possível!
Não te esqueças! Faz da Animação a tua Educação!